Com a desistência do impeachment de Lula, lideranças bolsonaristas ajustam suas estratégias para os atos do dia 16 de março, priorizando a campanha para a eleição de 2026 e a defesa da anistia aos envolvidos no golpe de 8 de janeiro
Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A expectativa para os atos de 16 de março, programados para diversas capitais do país, ganha uma nova dinâmica com a desistência dos bolsonaristas de incluir o impeachment de Luiz Inácio Lula da Silva nas pautas. A mudança de direção é marcada por uma estratégia mais voltada para o futuro: a luta pelo “fora Lula 2026” e pela “Anistia Já!” para os golpistas que participaram dos atos de 8 de janeiro.
O pastor Silas Malafaia, uma das principais figuras de apoio a Jair Bolsonaro, foi quem anunciou a alteração na proposta. Em entrevista à coluna de Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo, Malafaia afirmou que o objetivo das mobilizações não é mais o impeachment de Lula, mas sim garantir que a oposição se concentre em perspectivas futuras.
“O nosso objetivo não é impeachment de Lula”, declarou o líder evangélico. “É ‘fora Lula 2026’, e ‘Anistia Já!’ para os envolvidos no 8/1.”
Essa mudança de foco reflete uma profunda estratégia política, que não só afasta a ideia de um afastamento imediato do presidente, mas também busca ampliar a pressão sobre o futuro eleitoral. Para Malafaia, a ideia de um impeachment de Lula levaria à ascensão do vice-presidente Geraldo Alckmin, que ele considera ainda mais prejudicial para o movimento bolsonarista. “Por que impeachment de Lula? Para entrar um [presidente] pior do que ele, que é o Alckmin?”, questionou, destacando a relação do vice-presidente com o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, figura criticada pelo campo bolsonarista.
Com presença confirmada, Jair Bolsonaro também manifestou apoio à nova orientação das mobilizações. Segundo Malafaia, o ex-presidente considera que a prioridade do evento não deve ser o impeachment de Lula, mas a defesa da anistia para os golpistas e a própria reabilitação política de Bolsonaro, que busca reverter sua inelegibilidade para concorrer à presidência em 2026. Em breve, o ex-presidente deve gravar um vídeo confirmando seu apoio à nova pauta, que visa resgatar suas chances de retorno ao poder, ao mesmo tempo em que reforça a pressão pela liberdade dos envolvidos nos atos do 8 de janeiro.
Essa reformulação das pautas de março reflete uma estratégia de longo prazo do bolsonarismo, que busca consolidar uma base para a disputa eleitoral de 2026, ao mesmo tempo em que tenta apagar as consequências do golpismo de 2023. Ao trocar o foco do impeachment por um projeto eleitoral e pela anistia, as lideranças bolsonaristas buscam reconquistar a narrativa política no Brasil, mirando o futuro com a esperança de uma reviravolta nas próximas eleições.
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