Missionário José Olímpio já propôs lei para proibir chips em humanos e foi citado em investigação sobre corrupção na Petrobras
Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Com a licença de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que alegou perseguição política para se afastar do mandato, a bancada de São Paulo ganha um novo integrante na Câmara dos Deputados: o suplente Missionário José Olímpio (PL-SP). O missionário, que já ocupou a vaga entre 2011 e 2019, retorna ao Congresso Nacional por ao menos 122 dias, período da licença solicitada por Eduardo para tratar de interesses pessoais, sem remuneração.
Empresário e formado em Direito, José Olímpio, de 68 anos, é membro da Igreja Mundial do Poder de Deus, liderada pelo apóstolo Valdemiro Santiago. Sua trajetória política, no entanto, é marcada por propostas controversas e passagens por legendas diversas, como MDB, PP, PPB, DEM e União Brasil, até se filiar ao PL.
Em 2014, o site Congresso em Foco revelou que Olímpio foi o autor de um projeto de lei para proibir o implante de dispositivos eletrônicos e eletromagnéticos em seres humanos. Segundo ele, o objetivo era evitar uma “satânica nova ordem mundial”, argumentando que “o fim dos tempos se aproxima” e que “há um grupo de pessoas que busca monitorar e rastrear cada passo de cada ser humano”. O projeto, considerado inusitado, acabou arquivado sem ser analisado.
Na época, em entrevista ao Congresso em Foco, Olímpio rebateu as críticas, afirmando que a proibição ajudaria a reduzir riscos para a segurança e a defesa nacional. “Pode parecer [uma proposta] inusitada, mas queremos evitar que amanhã, que pode ser daqui a dez ou cem anos, soframos uma intervenção como a ocorrida no Kuwait, em 1990”, disse.
Outras propostas do missionário incluem a transferência simbólica e temporária da capital do Brasil para Itu (SP), sua principal base eleitoral, justificando a iniciativa com a alegação de que o município sediou a primeira convenção republicana do Brasil em 1889.
Além do histórico de propostas incomuns, a trajetória de José Olímpio também carrega o peso de uma denúncia na Operação Lava Jato. Ainda filiado ao PP, o deputado foi acusado de receber mesada de empreiteiras investigadas por um esquema de corrupção na Petrobras. No entanto, ao longo das investigações, não houve comprovação da denúncia e o inquérito foi arquivado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2017.
Em resposta ao site em 2015, antes do arquivamento da denúncia, o missionário afirmou que “a verdade está se revelando e confirmando a minha inocência” e que o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, havia descartado seu nome de qualquer participação no esquema. “Volto a dizer que sempre pautei minha vida pública na legalidade e na transparência. Peço a Deus que me ilumine e que eu possa continuar exercendo meu trabalho sempre em benefício do povo”, disse.
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