Mortos em confrontos no Sudão chega a 180 e há mais de 1.800 feridos, diz enviado da ONU

O ministério das Relações Exteriores do Sudão agradeceu na segunda-feira a ajuda de outros países para mitigar a situação no país

(Foto: MOHAMED NURELDIN ABDALLAH/REUTERS)

Repórter ABC, com ONU News – O número de vítimas dos combates no Sudão superou 180, com mais de 1.800 pessoas feridas, disse o representante especial do secretário-geral da ONU para o Sudão, Volker Perthes, nesta segunda-feira (17).

“Mais de 180 mortes, mais de 1.800 feridos, incluindo três colegas do World Food Program, que foram mortos enquanto tentavam servir o povo sudanês”, disse Perthes.

Os confrontos entre as forças armadas sudanesas e o grupo paramilitar Rapid Support Forces (RSF) eclodiram no sábado (15), com epicentro na capital do país, Cartum. As forças do governo acusaram o RSF de motim e lançaram ataques aéreos contra suas bases.

O RSF reivindicou o controle do palácio presidencial da capital sudanesa e dos aeroportos de Cartum e Merowe. O exército nacional negou que o palácio presidencial tivesse sido tomado.

Perthes disse estar decepcionado com o fato de o cessar-fogo humanitário proposto pela ONU no país ter sido apenas parcialmente observado, com confrontos entre os lados em conflito continuando nesta segunda-feira, disse a Missão Integrada de Assistência à Transição das Nações Unidas no Sudão (UNITAMS).

O ministério das Relações Exteriores do Sudão agradeceu na segunda-feira a ajuda de outros países para mitigar a situação no país, mas classificou o assunto como uma questão interna, que deve ser resolvida sem interferência internacional.

Os Estados Unidos pedem um cessar-fogo imediato sem pré-condições entre as partes em guerra no Sudão, disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, na segunda-feira.

Moscou defende um cessar-fogo imediato no Sudão e uma resolução pacífica da atual crise no país, disse o ministério das Relações Exteriores da Rússia na segunda-feira.

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