Países como Suécia e Colômbia manifestaram interesse em adquirir o KC-390, que já conta com encomendas da Força Aérea Brasileira, Portugal, Hungria e Holanda. Ministério da Defesa destaca que certificação pela Otan pode abrir portas para a Europa
Repórter ABC com imformações da Reuters – Durante a Laad, feira do setor de defesa no Rio de Janeiro, o ministro da Defesa, José Múcio, afirmou que diversos países manifestaram interesse na compra do avião cargueiro militar KC-390, fabricado pela Embraer. Segundo Múcio, Suécia e Colômbia estão entre os países que discutiram a aquisição do avião em reuniões bilaterais realizadas na feira.
“Muitos países (falaram do KC-390). Evidentemente que essas vendas precisam ser planejadas, estudadas e avaliadas, ter fonte de financiamento, garantia. Mas o conceito do KC-390 é muito grande com todos os países”, disse o ministro à Reuters.
“A própria Suécia falou do KC-390, outros também falaram e ele é um grande sucesso. A Suécia ficou de dar uma posição, a Colômbia também interessada em fazer aquisição”, acrescentou.
Além da Suécia e da Colômbia, outros países já firmaram acordos para adquirir a aeronave, como Portugal, com cinco unidades, e Hungria, com duas. A Força Aérea Brasileira (FAB) também já encomendou 19 unidades do cargueiro.
De acordo com fontes ouvidas pela Reuters, a Áustria enviou uma delegação à Laad deste ano e está em conversas com a Embraer para uma potencial compra. Além disso, a Embraer assinou um memorando de entendimento com a Saab para oferecer o avião à Suécia.
Bosco da Costa Júnior, presidente da unidade de Defesa e Segurança da Embraer, afirmou que a companhia tem como objetivo em 2023 materializar sua internacionalização, com foco especialmente no aumento das vendas do KC-390. Durante a feira, Costa Júnior reiterou que “vários países” estavam em conversas para possíveis compras do cargueiro, embora não tenha especificado quais.
Múcio avaliou que a certificação do cargueiro pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) pode abrir portas para a Europa e outros países. “A produção em Portugal é importante porque já atende pré-requisitos da Otan. Fabricando aqui para vender lá tem pré-requisitos que não são preenchidos. A partir daí, a Embraer vai fazer com todas exigências da Otan”, disse o ministro.