Fotografia Política de Ribeirão Pires indicia menor participação de partidos na disputa eleitoral de 2024

Na cidade, maioria dos partidos estão sem direção ou prestes a vencerem prazos

Repórter ABC | Luís Carlos Nunes – Dos 19 partidos políticos com filiados em Ribeirão Pires, apenas 04 legendas apresentam condições, com diretórios ou comissões provisórias com mandato após as eleições municipais de 2024, previstas para acontecerem em 06 de outubro.

Na cidade, se enquadram na condição acima o União Brasil no qual o seu Órgão Provisório tem fim de vigência para 23 de maio de 2024. O Órgão Provisório do Solidariedade tem expiração em 04 de abril de 2030. Em seguida vem o Republicanos que vai até o dia 01 de novembro de 2024 e o PSD que expira em 30 de abril de 2024.

Outros 07 partidos ou Federações administradas por Órgãos Colegiados estão próximo de encerrarem, sendo:

  • PDT – 17 de outubro de 2023
  • PSB – 21 de outubro de 2023
  • MDB – 30 de novembro de 2023
  • AVANTE – 31 de dezembro de 2023
  • PMN – 31 de dezembro de 2023
  • PODEMOS – 31 de dezembro de 2023
  • PL – 10 de fevereiro de 2024

Em Ribeirão Pires a Federação composta por PSDB/Cidadania também se encontra próxima de vencimento de uma das sigla e outra expirada. O PSDB, atualmente administrada por uma Comissão Interventora tem o seu prazo final até o próximo dia 31 de agosto de 2023 e o partido Cidadania, de Comissão Provisória teve o seu órgão diretivo extinto em 21 de fevereiro deste ano.

Já a Federação PT/PCdoB/PV tem o Diretório do PT com com sua direção a vencer em 31 de dezembro próximo. O PCdoB, 31 de novembro deste ano e o PV teve a sua Comissão executiva vencida em 18 de novembro de 2022.

Na Federação PSOL/REDE, o PSOL teve o seu Diretório expirado em 30 de setembro de 2021 e a Provisória da REDE em 29 de maio de 2024.

Entre os 19 partidos com filiações na cidade, 05 estão sem constituição de direção.

O AGIR está sem direção desde 10 de janeiro de 2023, PMB desde 29 de março de 2023, o PP desde 02 abril de 2020 e o PSTU sem direção legal e constituída de 20 de março de 2018.

O PTB é um outro caso. Tentando um fusão com o Patriota, teve em 30 de junho de 2023 o vencimento de seu Órgão Diretivo. O Patriota está congelado desde 30 de dezembro de 2022.

Desemprenho eleitoral em 2020

Nas eleições municipais de 2020, que escolheu os 17 nomes para ocuparem assento no Parlamento Municipal, 18 agremiações apresentaram candidatura, acompanhe abaixo os respectivos desempenhos.

Partidos que concorreram em 2020 – Ribeirão Pires

Partidos

Eleitos

Votos

Percentual

  1. PTB

03

9.495

15,63%

  1. PL

03

8.213

13,52%

  1. PSDB

03

7.464

12,28%

  1. PODE

02

6.191

10,19%

  1. PTC

01

4.738

7,80%

  1. PSD

01

4.308

7,09%

  1. PATRIOTA

01

3.860

6,35%

  1. PSB

01

3.501

5,76%

  1. AVANTE

01

3.033

4,99%

  1. PT

01

2.670

4,39%

  1. SOLIDARIEDADE

1.411

2,32%

  1. PRTB

1.373

2,26%

  1. PROS

1.033

1,70%

  1. REPUBLICANOS

860

1,42%

  1. PC do B

685

1,13%

  1. DEM

674

1,11%

  1. PMB

308

0,51%

  1. PSL

209

0,34%

Eleições de 2024: A Magia da Redução de Candidatos a Vereador – Desafios Épicos para os Destemidos

Nas efervescentes aventuras das eleições municipais de 2024, um enredo aparentemente trivial se prepara para desencadear terremotos nos corredores da política. Essa trama, que já fez sua estreia nas eleições gerais de 2022, agora se desenrola nas areias movediças das disputas locais, trazendo consigo um épico conjunto de desafios para os intrépidos partidos e candidatos. Mas, oh, que reviravolta! Ao contrário dos episódios anteriores, onde os partidos podiam soltar uma avalanche de candidatos, preenchendo mais da metade das cadeiras da Câmara de Vereadores (150%), uma nova ordem foi promulgada. Agora, cada partido ou federação está condenado a limitar-se ao número total de assentos, com um extra para dar aquele charme (100% mais um). Porque, afinal, quem não gosta de um pouquinho de tempero matemático nas eleições?

Apertem os cintos e embarquem nesse emocionante espetáculo que é Ribeirão Pires! Aqui, onde a Câmara abriga 17 vereadores, a contagem regressiva para os partidos é: 18 candidatos, e… a cortina cai para os generosos 25 que já eram permitidos até 2020. Uma contagem tão elegante, não é mesmo? Quem precisa de números redondos quando se pode ter números quase lá, mas não totalmente?

Os bastidores de política são realmente o circo dos inesperados. A famosa Lei 14.211/21, supostamente elaborada para trazer uma seleção de candidatos mais fina, agora joga suas cartas imprevisíveis. E com isso, surge a chance de ver os poderosos políticos dos grandes partidos se despedindo para migrar para os cantinhos mais aconchegantes das siglas menos badaladas. Um gesto solidário para dar espaço aos futuros líderes políticos? Não, eu não estava sendo sério. Certamente não é uma tentativa sutil de despejar água fria nos incêndios da ambição política.

Um desfecho crucial se desenha nas mãos dos candidatos das vagas proporcionais no apoio às campanhas majoritárias. Com a cortina descendo sobre as listas encolhidas de candidatos, o impacto se faz sentir nas batalhas pelo prefeito e vice-prefeito. A eleição proporcional se sustenta nos votos na legenda. Assim, mesmo os párias eleitorais contribuem para a influência do partido nas eleições. Afinal, quem se importa se você tem poucos votos quando pode ser parte de um todo tão influente?

Neste tabuleiro de opções enxugadas, emerge um novo obstáculo para os partidos: um meticuloso exame das capacidades eleitorais de seus quadros. E com as opções restringidas, os holofotes se voltam para as candidaturas mais chamativas, incutindo uma dinâmica de sobrevivência. Prepare-se para a batalha dos mais carismáticos, pois nesse novo mundo, apenas os mais cativantes sobrevivem.

Com um elenco mais enxuto, o camarote das migrações partidárias parece mais atrativo do que nunca. Com as luzes focadas nos astros principais, é possível que as peças do quebra-cabeça político decidam mudar de cenário em busca de papéis mais empolgantes como vereadores. E quem sabe até mesmo para apimentar as campanhas dos prefeitos em um ato de verdadeira camaradagem. E, sejamos honestos, nada melhor do que simplificar o drama de uma eleição cortando o número de partidos pela metade. Afinal, quem precisa de uma overdose de escolhas quando podemos ter menos e, ironicamente, chamar de progresso? Porque, afinal, reduzir a concorrência é uma forma criativa de dar um toque moderno à democracia.

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