Ex-presidente convoca manifestação em São Paulo para pressionar pela anistia aos condenados pelo 8 de Janeiro, em meio a desmobilização do bolsonarismo e investigações contra aliados. Estratégia mira público feminino e busca apoio de governadores
Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) realiza neste domingo, 6, na Avenida Paulista, um ato com o objetivo de testar sua capacidade de mobilização e pressionar pela anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de Janeiro. A manifestação ocorre em meio a sinais de desmobilização do bolsonarismo e investigações contra aliados, e adota como estratégia a convocação do público feminino e a busca por apoio de governadores.
O evento na Paulista é o primeiro grande ato de rua de Bolsonaro após se tornar réu no Supremo Tribunal Federal (STF) e busca reverter a tendência de queda na adesão popular observada em manifestações recentes. O Monitor do Debate Político da Universidade de São Paulo (USP) aponta uma redução no número de manifestantes em atos bolsonaristas desde fevereiro de 2024.
Para impulsionar a participação, a organização do evento tem direcionado a convocação ao público feminino, utilizando como símbolo o caso da cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos, presa por escrever “Perdeu, mané” na estátua “A Justiça” no 8 de Janeiro. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e outras figuras do bolsonarismo gravaram um vídeo em que utilizam um batom para escrever “Anistia já” em blusas brancas, buscando criar uma identificação com o público feminino.
Além da mobilização do público feminino, Bolsonaro tem buscado o apoio de governadores de direita para o ato na Paulista. Romeu Zema (Novo-MG) e Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) confirmaram presença e discursarão no evento, enquanto outros governadores como Ratinho Júnior (PSD-PR) e Jorginho Mello (PL-SC) também foram convidados.
O ato na Paulista tem como principal objetivo pressionar o Congresso Nacional pela aprovação de uma lei de anistia aos condenados pelos atos de 8 de Janeiro. O PL pressiona para que o projeto seja pautado na Câmara dos Deputados, mas o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), tem adotado uma postura de cautela. O Placar da Anistia do jornal O Estado de S.Paulo aponta que havia, até 3 de abril, 196 votos favoráveis à proposta, sendo necessários pelo menos 257 deputados na sessão para que o projeto seja votado.
A previsão do tempo para o domingo é de pancadas de chuva e trovoadas isoladas na cidade de São Paulo, o que pode impactar a adesão ao ato.
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