Pontífice também cria grupo de representantes não-bispos para o Sínodo, Decisão mostra esforço do papa em incluir participação feminina na Igreja
O papa Francisco anunciou uma medida histórica nesta quarta-feira (26), permitindo que mulheres possam votar na reunião global de bispos em outubro deste ano, durante o Sínodo dos Bispos, evento que discute e decide questões ideológicas e regimentais da Igreja Católica. Antes, as mulheres só podiam participar do Sínodo como auditoras, sem direito a voto.
A decisão foi um pedido antigo das mulheres e uma mostra do esforço do papa em incluir a participação feminina nas decisões da Igreja Católica. Além disso, o pontífice também solicitou a inclusão de um grupo de 70 pessoas, que não são bispos, mas representantes de coletivos com alguma relação à Igreja Católica, para participarem ativamente do Sínodo. O colegiado será formado por indivíduos escolhidos a partir de uma lista com 140 nomes recomendados por sete conferências internacionais de bispos. O Vaticano recomendou que metade dos nomes sejam de mulheres.
O Sínodo dos Bispos acontecerá de 4 a 29 de outubro deste ano e, segundo o cardeal Mario Grech, secretário-geral do secretariado geral do sínodo, a decisão não é uma revolução, mas sim uma importante mudança. O papa Francisco já havia indicado em 2021 a freira Alessandra Smerilli ao segundo cargo mais alto no escritório de desenvolvimento do Vaticano e Raffaelle Petrini ao segundo cargo mais alto no governo, o de secretária-geral de governança.