O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes afirmou que provas colhidas e laudos periciais apontam para a real possibilidade de existência de uma associação criminosa dedicada à disseminação de notícias falsas. Chamada de “Gabinete do Ódio” em depoimentos de parlamentares, a estrutura desfere ataques ofensivos a diversas pessoas, às autoridades e às Instituições, dentre elas o Supremo Tribunal Federal, com flagrante conteúdo de ódio, subversão da ordem e incentivo à quebra da normalidade institucional e democrática.
No inquérito, Luciano Hang é citado, ao lado de outros empresários, como possível responsável “pelo financiamento de inúmeras publicações e vídeos com conteúdo difamante e ofensivo ao STF”.
Segundo Moraes, as informações colhidas vão ao encontro dos depoimentos dos deputados federais ouvidos no âmbito do inquérito que investiga a disseminação de fake news. Entre os parlamentares ouvidos, estão Joice Hasselmann (PSL-SP) e Alexandre Frota (PSDB-SP).
O empresário respondeu às acusações em seu Twitter.
O ministro coloca que empresários teriam financiado publicações e vídeos com conteúdo difamante e ofensivo ao STF e “mensagens defendendo a subversão da ordem e incentivando a quebra da normalidade institucional e democrática”. Entre os empresários citados, estão o dono da Havan, Luciano Hang, e o dono da rede de academias SmartFit, Edgard Corona.
Em março de 2019, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, abriu inquérito criminal para investigar “notícias fraudulentas”, ofensas e ameaças que “atingem a honorabilidade e a segurança” da Corte, os ministros e seus familiares.
Nesta quarta-feira (27), a Polícia Federal (PF) cumpriu 29 mandados de busca e apreensão como parte do inquérito. As ordens foram cumpridas no Distrito Federal e nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso, Paraná e Santa Catarina. Entre os alvos, há nomes ligados ao presidente Jair Bolsonaro, incluindo políticos, empresários e blogueiros.
Relacionado